No colar que usas todos os dias tem contas de prepotência sempre acompanhadas da arrogância. Dizem que combinam, que estão na moda. Cá para mim usaram-se noutra época, mas tu nunca foste muito de memorizar, pois não? E coordenar tendências, para ti, é algo só ao alcance dos técnicos da bela arte de sobreviver em paz.
Se me perguntares outra vez, eu repito: não saias assim à rua, são muitos atributos para um busto só. Amanhã, que vais ao parque ver os cisnes, leva só aquilo que te fica bem, a ignorância, que um dia te deu cor ao sorriso e encantou o Cocas, o Gonzo e os outros dois velhos no camarote.
Se me perguntares outra vez, eu repito: não saias assim à rua, são muitos atributos para um busto só. Amanhã, que vais ao parque ver os cisnes, leva só aquilo que te fica bem, a ignorância, que um dia te deu cor ao sorriso e encantou o Cocas, o Gonzo e os outros dois velhos no camarote.
1 comentário:
A prepotência e a arrogância não saão de facto nada dadas à sobrevivência em paz, mais por falta de interesse do que por falta de competência ou conhecimento. Por outro lado, são muito dadas ao espectáculo, e disso os velhos do camarote gostam muito. Só não conseguem conquistar os outros iluminados...
Já a ignorância, deixa. Não ficaria bem com as outras contas. Não queiras pôr um mosquetão de oiro num colar tecido em pechisbeque. Em vez de valorizar o conjunto desprestigia o artesão...
P.S.: Já agora, consigo lembrar-me de uma lista de pessoas, pomposamente encabeçada, para quem a sinédoque serviria. Calçaria como uma luva. De licra.
Enviar um comentário