No Domingo escolhi apresentar no Galeria os bocadinhos que rasguei de O Pequeno Mundo de Luísa Costa Gomes, lisboeta nascida em 1954, que conseguiu, sabe Deus como, ser escritora profissional num país como o nosso. Deste escrito editado em 1988 escolho hoje este doce:
«Acredito que cada pessoa tem um dom próprio. Leonardo, sei-o agora ou desde há uns anos, tem o dom de falar sobre o que não sabe e dar ao mesmo tempo a impressão de que está completamente persuadido de estar a dizer a verdade e uma verdade de tal modo verdadeira que nós damos em pensar que não pode haver outra, e acreditamos. (...)
O que eu acho curioso é que, estatisticamente, eu estava capaz de arriscar que noventa e dois por cento das pessoas do mundo se enganam sobre os seus dons e estragam-nos quer por falta de uso quer por má aplicação e confundem-se porque experimentam usar dons que não possuem.»
«Acredito que cada pessoa tem um dom próprio. Leonardo, sei-o agora ou desde há uns anos, tem o dom de falar sobre o que não sabe e dar ao mesmo tempo a impressão de que está completamente persuadido de estar a dizer a verdade e uma verdade de tal modo verdadeira que nós damos em pensar que não pode haver outra, e acreditamos. (...)
O que eu acho curioso é que, estatisticamente, eu estava capaz de arriscar que noventa e dois por cento das pessoas do mundo se enganam sobre os seus dons e estragam-nos quer por falta de uso quer por má aplicação e confundem-se porque experimentam usar dons que não possuem.»
1 comentário:
Sim, caro português, mas então e a diferença (nada ténue) entre o sonho e o bom senso? entre o experimentar ser outro e enganar o outro?
Bem hajas: querer mais nunca foi defeito. ;)
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